Café com preço nas alturas: entenda o que está por trás disso

Café com preço nas alturas é motivo para brasileiro se preocupar? Hoje entendemos melhor o que está por trás dessa alta.

O tema se torna de extrema importância, uma vez que, se trata da segunda bebida mais consumida no mundo.

Alguns grãos formam uma xícara representando o café com preço nas alturas
Imagem: Reprodução/Freepik – Edição/Brasileiro Trabalhador

Então, se você é daquelas pessoas que acorda e tem que sentir aquele aroma delicioso pela manhã, não deixe de ler este artigo.

Afinal, o preço do café não apenas pode subir, como também, podemos estar distante de um cenário de reversão do preço.


Café com preço nas alturas: o impacto do calor!

Enquanto a expectativa para o consumo do café, seja de constante crescimento nos próximos anos, o cultivo não parece estar pronto para acompanhar esse cenário.

O motivo, entretanto, é o aquecimento do planeta, que afeta o café, principalmente o grão arábica.

O cultivo do café, entra na categoria perene, ou seja, você planta a árvore uma vez e depois fica colhendo os frutos.

Então, caso não seja possível colher grãos em um ano, ainda dá para fazer a colheita no ano seguinte.

Contudo, cultivadores de diferentes regiões do Brasil têm encontrado adversidades climáticas, que não duram um ou dois, mas sim, 34 meses.

Este, é um levantamento da especialista no monitoramento de secas do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), Ana Paula Cunha.

Aliás, a temperatura ideal para o arábica no Brasil, está entre 18º e 22ºC.

Por sua vez, os estados de Minas Gerais e São Paulo, no sudeste, são os principais polos da produção no país.

Um dos motivos é a demarcação exata de cada estação ao longo do ano, o que torna o ambiente ideal para o cultivo de café.

Quem sofre com estas mudanças?

Embora, o processo comece com a dificuldade no cultivo, precisamos lembrar que o Brasil está entre os principais produtores de grãos de café no mundo.

Isso, significa um impacto em empregosempresasqualidade do pó do café e até mesmo a disponibilidade para o consumidor.

Um copo caído na mesa de onde saem grãos

Imagem: Reprodução

O impacto, em 2024, já ficou mais claro. Afinal, comparado com 2023, houve uma queda na produtividade nacional em 1,9%.

Isso, aliás, pode levar a outro cenário: uma mudança no protagonismo da produção de grãos no país.

Oportunidade para novos polos de produção?

Atualmente, como apontamos, o Sudeste é a principal região do cultivo de café no país.

Mas com o aumento da temperatura, alguns lugares estão deixando de ser adequados para o cultivo.

Por outro lado, alguns estados no Sul do país, podem se tornar novos adequados para o cultivo do café.

Afinal, a região se mostraria mais estável, com risco minimizado de geadas.

Mesmo assim, não dá para comemorar, acreditando que uma nova região vai produzir grãos.

Ainda é necessário que os cultivadores locais demonstrem interesse em realizar o cultivo de grãos.

Nesta região do Brasil, o plantio é, sobretudo, de soja e milho.

Enquanto isso, resta aguardar a busca dos cultivadores em torno de soluções inovadoras para não deixarem de cultivar novos grãos de café.

Moysés Batista
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Moysés Batista

Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atuando como Redator Web nos últimos quatro anos, entregou mais de 10 mil artigos em SEO. Hoje, escreve diariamente para o Brasileiro Trabalhador. Além de artigos otimizados, escreveu livros como Ghost Writer, trabalhos acadêmicos, cursos, roteiros para canais do YouTube, entre outros tipos de textos, colaborando com dezenas de clientes dentro e fora do Brasil.