Por que a comida ficou mais cara no Brasil? Entenda o aumento nos preços de alimentos
Por que a comida ficou mais cara no Brasil? Entenda o aumento nos preços de alimentos.

Ao longo dos últimos meses, os brasileiros têm reclamado ativamente sobre o preço dos alimentos, cada vez mais caro no país.
Mas você sabe por que os preços subiram? Confira agora!
Entenda os motivos para a subida de preços no Brasil
A DW ouviu especialistas, conforme publicação do G1, para entender a subida dos preços dos alimentos observada pelos brasileiros.
Isso porque a inflação dos alimentos segue alta, com 7% acumulado no último ano até fevereiro.
O café, por exemplo, subiu 66% em um ano, junto do ovo de galinha, que também registrou aumneto e começou a preocupar os brasileiros.
Veja os principais motivos para os preços altos:
Valor do dólar
O aumento do dólar nos últimos anos é parte da explicação para a subida dos preços tão evidenciada em 2025.
A moeda que ultrapassou os R$6 pesa na economia, principalmente por conta do mercado externo.
Em primeiro lugar, os produtos e as matérias-primas importadas ficam mais cara em função do câmbio.
Além disso, o aumento do dólar torna as exportações mais interessantes para os produtores brasileiros, tomando boa parte dos negócios.
Dessa maneira, os produtores preferem vender os produtos para fora do Brasil em razão da segurança que o aumento do dólar não oferece para o país.
Efeito histórico
A subida do preço dos alimentos não começou em 2024, mas também é resultado do momento histórico do mundo.
Desde a pandemia de 2020, o setor de alimentação vem sofrendo com a inflação, inclusive com crises hídricas que subiram o preço da energia elétrica.
Mais à frente, a Guerra da Ucrânia também impactou no mercado internacional, trazendo um efeito global que também impactou o Brasil.
Outros fatores internacionais, como o El Niño, trouxe impactos gerais para o Brasil.
Mudanças climáticas
O preço dos alimentos também é diretamente impactado pelas mudanças climáticas, para além do aquecimento do Pacífico com o El Niño.
Ao longo de 2024, o Brasil registrou secas no nordeste e chuvas intensas no sul, trazendo climas completamente opostos.
E ambos os climas causam perda da produtivdade da safra. Em muitos locais no Brasil, praticamente não houve a incidência de chuva entre abril e outubro de 2024.
De acordo com a Universidade Federal de Alagoas, mais da metade do território brasileiro foi afetado pela estiagem.
Outros alimentos, como a tangerina, sofrem com as chuvas elevadas, exatamente o que aconteceu no sul do país, onde a fruta é plantada.
O que se espera para 2025?
O panorama dos preços para 2025 não é muito diferente do ano anterior, pelo menos para alguns alimentos.
Nesse sentido, o azeite de oliva, por exemplo, deve ter uma queda graças ao aumento da produção internacional do produto.
De toda maneira, os preços devem continuar altos, chegando também com medidas do governo para tentar reduzir o valor final no prato da população.
A carne é um produto que deve continuar com alto preço, entenda mais sobre a questão:




Gabriel é formado em Comunicação Social pela Unicamp e mestrando em Cultura e Comunicação pela Universidade de Lisboa. Atuando como redator por mais de 8 anos, já escreveu sobre diferentes temas como educação, finanças, leis e saúde. Além disso, trabalha como produtor de conteúdo nas redes sociais e pratica esportes nas horas vagas.