Alerta: Brasil vive colapso no emprego doméstico e especialistas explicam o que vem aí
Alerta: Brasil vive colapso no emprego doméstico e especialistas explicam o que vem aí.

A crescente crise no emprego doméstico no Brasil, com uma queda de 18% em 10 anos, traz à tona desafios alarmantes para 2024. O que está por trás dessa transformação?
Redução drástica no emprego doméstico: Brasil enfrenta desafios em 2025
A redução do emprego doméstico com carteira assinada no Brasil atingiu 18,1% entre 2015 e 2024, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego.
Esse recuo implica uma perda de quase 300 mil postos, refletindo transformações demográficas e econômicas, além de alterações nas práticas de contratação.
A mudança mudança decorre, em parte, do aumento na busca por diaristas como uma alternativa ao trabalho formal, medida que visa evitar encargos trabalhistas.
Além disso, o envelhecimento populacional e as menores dimensões familiares reduziram a demanda por serviços domésticos. A pandemia de Covid-19 também influenciou significativamente o mercado.
Mudanças na demografia e educação
Em 2024, 45% dos trabalhadores domésticos formais têm 50 anos ou mais.
Nesse sentido, 89% dos trabalhadores são mulheres, uma leve redução de 1.5%.
Há uma redução expressiva na faixa etária de 18 a 39 anos, com destaque para a faixa de 30 a 39 anos, que teve uma retração de 47,3%.
Apesar disso, há um avanço na escolaridade, com um aumento de 70,8% no número de profissionais com ensino superior completo.
Queda drástica no país
Em 2015, o Brasil registrava mais de 1,6 milhão de registros formais para empregados domésticos no Brasil.
Já em 2024, o número é de 1,3 milhão, um recuo importante pensando que a própria população brasileira cresceu.
A maior queda foi no estado do Rio Grande do Sul, com redução de 27.1%, enquanto Rio de Janeiro e São Paulo também passaram dos 20%.
Impacto regional e transformações no mercado
A queda do número de trabalhadores formais foi registrada em quase todos os estados brasileiros, exceto Roraima, Tocantins e Mato Grosso.
No Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo, os declínios foram mais acentuados. Mesmo com a diminuição dos contratos femininos, as mulheres ainda representam a maioria no setor.
Desafios socioeconômicos e o caminho a seguir
As trabalhadoras formam a maior parte desta força de trabalho, enfrentando desafios como salários e condições de trabalho reduzidos.
Mais de dois terços das profissionais mantêm jornadas superiores a 40 horas semanais. Além disso, a remuneração média mensal cresceu apenas 6,7% nos últimos dez anos, alinhando-se aos reajustes do salário mínimo.
Em conclusão, a queda do emprego doméstico formal no Brasil em 2024 reflete mudanças profundas no mercado de trabalho.
Ajustes urgentes são necessários para garantir proteção e direitos sociais a esses trabalhadores. Espera-se que políticas públicas mais efetivas sejam desenvolvidas para alinhar educação e oportunidades neste setor fundamental.




Gabriel é formado em Comunicação Social pela Unicamp e mestrando em Cultura e Comunicação pela Universidade de Lisboa. Atuando como redator por mais de 8 anos, já escreveu sobre diferentes temas como educação, finanças, leis e saúde. Além disso, trabalha como produtor de conteúdo nas redes sociais e pratica esportes nas horas vagas.