Governo bate o martelo e plano de saúde vai ficar mais caro por estes motivos
Acaba de ser autorizado um reajuste que vai deixar o plano de saúde mais caro em 2024. Com a medida, o valor dos planos pode subir para um máximo de 6,91% para quem assina as modalidades familiar e individual.
O reajuste foi anunciado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) no dia 4 de junho (terça-feira) mas já é válido, retroativamente, desde maio.
Segundo as informações, cerca de 8 milhões de contratos de planos de assistência médica no Brasil — mais de 15% dos 51 milhões — devem ser afetados. Por outro lado, contratos para planos empresariais e outros planos coletivos não estão inclusos, uma vez que essas operadoras podem ajustar seus preços como bem entenderem.
Outra regra é que a mudança só vai ocorrer em planos com contrato a partir de 1999 ou os adaptados a Lei nº 9.656/98.
Quando o plano de saúde vai ficar mais caro?
O aumento vai ser válido até 2025, quando a Agência deve definir um novo reajuste. Para fazer o cálculo, a ANS se baseia na variação das despesas assistenciais do último ano.
Aqui ela considera coisas como o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e a VDA (Variação das Despesas Assistenciais). Todos os dados são devidamente verificados e corrigidos (caso necessário) pelo Ministério da Fazenda.
Uma coisa importante é que o reajuste deve ser aplicado no mês de aniversário do contrato, com um detalhe: para contratos com aniversário em maio e junho, as novas cobranças devem começar em julho ou agosto.
Mesmo com uma alta de 6,91%, o reajuste ainda é pequeno, se compararmos com o de 9,3 do ano passado ou o de 2022, que foi de 15,5%.
Com exceção de 2021, quando devido à pandemia o teto para reajuste teve um índice negativo, esse é o menor reajuste dos últimos 13 anos.
Como as operadoras aplicam o reajuste?
Como já explicamos, o reajuste é retroativo, contando a partir de maio, e será aplicado com base no aniversário do contrato. Para deixar mais claro, daremos um exemplo de como ele vai funcionar para um plano individual no valor de R$80 e com aniversário em maio:
- Maio: o consumidor recebe a conta sem o reajuste, equivalente a R$80;
- Junho: o consumidor recebe a conta sem o reajuste, equivalente a R$80;
- Julho: o consumidor recebe a conta com o reajuste + o retroativo de maio (R$80 + R$5,53 + R$5,53), equivalente a R$91,06;
- Agosto: o consumidor recebe a conta com o reajuste + o retroativo de junho (R$80 + R$5,53 + R$5,53), equivalente a R$91,06;
- Setembro: o consumidor recebe a conta com o reajuste (R$80 + R$5,53), equivalente a R$85,53.
A partir de setembro, R$85,53 fica sendo o valor fixo do plano, até a próxima alteração. Mas é bom ter em mente que além do reajuste, coisas como inflação e a frequência de uso dos planos também podem deixar o plano de saúde mais caro.
O aumento pode parecer pouco, mas chega num momento onde muitos clientes já reclamam da qualidade dos serviços oferecidos.
Casos onde as operadoras simplesmente fazem mudanças violentas ou cancelam os serviços unilateralmente também estão sendo reportados e até mesmo órgãos como a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) já estão se envolvendo no caso.
Jaizon é redator de blogs desde 2019, já escreveu sobre vários temas, mas tecnologia é o seu assunto preferido. Também é ghostwriter, já deu aulas de línguas e faz traduções às vezes. Fã de games, séries e filmes, está sempre em busca de aprender mais, especialmente sobre as áreas que lhe interessam. Seu sistema operacional favorito? Qualquer coisa que rode Linux!