Mercado de trabalho: Jovens enfrentam dificuldades apesar de recorde de emprego
Por mais que o mercado de trabalho mostre melhoras, os jovens ainda enfrentam muita dificuldade para encontrar emprego!
Recentemente, o índice do IBGE divulgou uma queda na taxa de desemprego. Apesar disso, os jovens encaram muita dificuldade, o que vem acontecendo? Veja uma análise!
Desemprego tem queda, mas e aí?
Foi divulgado recentemente que a taxa de desemprego caiu para 6.9%, um dos índices mais baixos ao longo dos últimos anos.
E quem trouxe os números foi a PNAD Contínua, pesquisa liderada e publicada pelo IBGE, trazendo bons números em relação ao desemprego no país.
Porém, a pesquisa traz a necessidade de melhores interpretações, principalmente por ter aumentado tanto o número de trabalhos com carteira assinada quanto o número de profissionais sem carteira.
Dessa maneira, de fato, o índice de desemprego parece mais favorável, mas isso não quer dizer que a situação esteja fácil em território nacional.
Desemprego aumenta entre os jovens
Por sua vez, outros dados foram divulgados pelo estudo “Performance dos Jovens no Mercado de Trabalho”, do IBRE em parceria com FGV, trouxe mais detalhes sobre a taxa de desemprego entre os jovens.
Nesse sentido, a taxa está no patamar próximo dos 17% de acordo com o IBGE, um índice bem mais alto em comparação à média nacional do país.
A matéria da IBRE/FGV foi divulgada pelo Uol, trazendo dados de que metade dos jovens estão em empregos com baixa pedida de qualificação técnica.
No nordeste do Brasil, por exemplo, mais de 20% dos jovens trabalhadores brasileiros estão desempregados, ao passo que seis a cada dez estão em situação de informalidade.
Outros dados preocupantes em relação ao desemprego para os jovens
A pesquisa divulgada pelo Uol traz que quase 40% dos jovens desempregados não terminaram o ensino médio, enquanto para as mulheres a porcentagem é de 23%.
Nesse sentido, uma grande dificuldade é manter os jovens na escola, o que acaba com a situação de trabalhos com baixa qualificação técnica e, consequentemente, alta rotatividade em muitos casos.
Por isso, as análises sobre as questões do desemprego no país precisam ser mais profundas, justamente por conta das nuances que são apresentadas nesse tipo de pesquisa.
Vale ressaltar que a pesquisa não traz uma relação com os benefícios sociais, principalmente porque muitos beneficiários também estão empregados dentro da população ativa, apresentando análises separadas para melhor categorização.
O que esperar dos próximos anos?
Ao longo dos últimos meses, a taxa de desemprego vem em queda, planejando inclusive melhoras para os próximos tempos.
Porém, a conjuntura do mercado de trabalho brasileiro precisa de maiores estudos, sobretudo em relação aos jovens.
Os grandes desafios serão qualificar os jovens para o mercado de trabalho, bem como enfrentar a ‘concorrência’ da tecnologia e da inteligência artificial.
Nesse sentido, alguns programas do governo como o Pé-de-Meia são importantes para vencer o desafio de manter os estudantes na escola e aumentar o nível de qualificação.
Isso porque a busca por empregos mais qualificados também pode apresentar mais possibilidades, sobretudo de renda e de manutenção dos empregos ao longo dos anos.
Gabriel é formado em Comunicação Social pela Unicamp e mestrando em Cultura e Comunicação pela Universidade de Lisboa. Atuando como redator por mais de 8 anos, já escreveu sobre diferentes temas como educação, finanças, leis e saúde. Além disso, trabalha como produtor de conteúdo nas redes sociais e pratica esportes nas horas vagas.