Alerta: Greve dos Correios começa em 9 estados; veja o que muda para você

Greve dos Correios começa em 9 estados e a princípio a decisão é por tempo indeterminado.

De todo modo, segundo os Correios, nesta sexta-feira 92% do efetivo estava atuando, o que permitiu que as agências funcionassem normalmente.

Abaixo veremos mais detalhes sobre esta medida que pode acabar impactando os brasileiros nos próximos dias.


Greve dos Correios começa em 9 estados

A decisão de aderir à greve veio após a reunião dessa quarta-feira (07). A assembleia que ocorreu em São Paulo contou com mais de 5 mil trabalhadores.

Um trabalhador atrás de um carro com caixas de papelão falando ao celular após saber que a greve dos Correios começa em 9 estados
Imagem: Reprodução/Freepik – Edição/Brasileiro Trabalhador

Desse modo, desde às 22:00 da quarta-feira, motoristas e carteiros integraram a greve.

As exigências têm alguns pontos principais, como aponta o diretor de comunicação da Findect (Federação Interestadual dos Sindicato dos Trabalhadores dos Correios), Douglas Ramos.

Segundo ele, “o ponto principal desta greve hoje é o custeio do plano de saúde“. Atualmente, a coparticipação no plano de saúde, requer uma boa fatia do salário dos trabalhadores.

Aliado a isso, há também a exigência de um reajuste com base na inflação, e um aumento linear de R$300,00 para todos os cargos.

Estas medidas são visadas para 2024 ainda, no entanto, não houve um acordo, e os Correios apresentaram outra proposta, que também não agradou aos colaboradores.

Entre os estados que aderiram à greve estão:

  • Alagoas;
  • Ceará;
  • Maranhão;
  • Paraná;
  • Piauí;
  • Rio de Janeiro;
  • Rio Grande do Sul;
  • São Paulo;
  •  Tocantins.

A proposta dos Correios

Os Correios também apresentaram uma solução, mas que não foi de interesse dos trabalhadores.

Assim, entre as suas principais propostas, na linha de um reajuste, destacam-se:

  • Redução da coparticipação no plano de saúde de 30% para 15%, o que entraria em vigor já em setembro de 2024;
  • Em relação ao salário, a proposta é de um reajuste no valor de 6,05%, o que ficaria para janeiro de 2025;
  • Os benefícios também teriam um aumento a partir do próximo mês, mas de 4,11%;
  • Além disso, há a oferta de um aumento de 20% para os motociclistas.

Considerando uma média em torno de R$1.500,00 para o salário de um motociclista dos Correios, descontado taxas e tributos, o seu aumento seria em torno de R$400,00.

Por outro lado, os outros funcionários, que não teriam ajuste de 20%, contariam com um aumento muito menor do que os R$400,00 mencionados acima.


A greve continua até um acordo

Se esta semana ainda não houve uma grande paralisação dos Correios, isso pode mudar nos próximos dias.

Até o momento, uma próxima reunião para debater este assunto, deve ocorrer na quarta-feira da semana que vem, no dia 14.

Dessa forma, os candidatos seguem em greve, o que pode se estender, caso não haja acordo na próxima quarta.

Enquanto os Correios apontam para um efetivo de 92% de funcionários atuando nesta sexta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo aponta outros números.

Segundo o grupo, até o momento, houve a adesão de 80% dos trabalhadores da empresa.

Os próximos dias devem ser decisivos para este embate que perdura desde o início do ano.

Na visão da Findect, poranto, “a empresa demonstrou mais uma vez sua incapacidade de responder adequadamente às necessidades dos trabalhadores”.

E se você quer acompanhar o desenrolar dessa greve e acordos, não deixe de ver as novidades diárias do Brasileiro Trabalhador.

Moysés Batista
Escrito por

Moysés Batista

Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atuando como Redator Web nos últimos quatro anos, entregou mais de 10 mil artigos em SEO. Hoje, escreve diariamente para o Brasileiro Trabalhador. Além de artigos otimizados, escreveu livros como Ghost Writer, trabalhos acadêmicos, cursos, roteiros para canais do YouTube, entre outros tipos de textos, colaborando com dezenas de clientes dentro e fora do Brasil.