Alto custo de alimentos aperta famílias de baixa renda: veja dicas para driblar a disparada dos preços

O alto custo de alimentos aperta famílias de baixa renda, uma vez que a inflação alimentar tem avançado em ritmo superior à média geral.

Um carrinho de compras vazio representando o Alto custo de alimentos aperta famílias de baixa renda
Imagem: Reprodução/Freepik – Edição/Brasileiro Trabalhador

O impacto do aumento dos preços na renda familiar

O peso da alimentação no orçamento das famílias de menor renda tem crescido de forma expressiva, como vimos nos últimos meses e temos apontados aqui.

Atualmente, quem ganha entre um e um salário e meio mínimo destina cerca de 22,6% da renda à compra de alimentos, ou seja, um aumento significativo em relação aos 18,4% registrados em 2018.

Para famílias de renda mais elevada, esse percentual é de 11,3%, refletindo uma diferença marcante no impacto da inflação alimentar.

Estes números são dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FVG/Ibre).

A alta dos preços dos alimentos, entretanto, não só reduz o poder de compra, como também obriga muitos consumidores a reduzirem a variedade da alimentação.

Esse cenário afeta diretamente a qualidade nutricional das refeições e o bem-estar das famílias.

O que impulsiona o aumento dos preços?

Diversos fatores contribuem para o encarecimento dos alimentos, tornando a cesta básica mais cara. Entre os principais, sobretudo, é possível destacar:

  • Fatores climáticos: eventos como El Niño e La Niña impactam a produção agrícola, causando perdas na colheita e elevando o preço de itens como carnes e hortaliças;
  • Câmbio e exportações: a desvalorização do real torna os produtos brasileiros mais competitivos no mercado externo, reduzindo a oferta no país e pressionando os preços;
  • Aumento da demanda: o aquecimento do mercado de trabalho e a maior circulação de dinheiro também contribuem para elevar os preços;
  • Custos de produção: combustíveis, insumos agrícolas e logística encarecem os produtos antes de chegarem ao consumidor final.

Estratégias para economizar na compra de alimentos

Apesar do cenário desafiador, algumas medidas, sem dúvida, podem ajudar a driblar os altos preços e garantir uma alimentação equilibrada dentro do orçamento:

1. Planejamento e pesquisa de preços

Fazer uma lista antes de ir ao mercado evita compras impulsivas e desnecessárias. Além disso, comparar preços em diferentes estabelecimentos e aproveitar promoções pode gerar uma economia significativa.

2. Substituir produtos caros por alternativas mais acessíveis

Alguns itens podem ser trocados por similares de menor custo sem comprometer a nutrição. Carnes mais caras podem ser substituídas por ovos, frango ou leguminosas, como feijão e lentilha.

3. Comprar alimentos da estação

Frutas, verduras e legumes da safra costumam ter preços mais baixos e melhor qualidade, pois estão em maior oferta no mercado.

4. Evitar desperdícios

Aproveitar integralmente os alimentos, assim como armazená-los corretamente, e reaproveitar sobras são estratégias que ajudam a reduzir o gasto com reposição.

5. Apostar em feiras e compras diretas do produtor

Feiras livres e compras diretas de agricultores também podem oferecer produtos mais frescos e a preços melhores do que supermercados.

Embora, o avanço dos preços tenha mostrado sinais de desaceleração, o alto custo de alimentos aperta famílias de baixa renda ainda.

De todo modo, as medidas governamentais, como o incentivo ao crédito para pequenos produtores, podem ajudar a estabilizar o mercado e evitar novas disparadas.

No entanto, o consumidor deve seguir atento e adotar estratégias para garantir uma alimentação de qualidade sem comprometer seu orçamento.

Outra iniciativa que deve ajudar o povo neste momento, é a nova regra sobre o Saque-Aniversário.

Moysés Batista
Escrito por

Moysés Batista

Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atuando como Redator Web nos últimos quatro anos, entregou mais de 10 mil artigos em SEO. Hoje, escreve diariamente para o Brasileiro Trabalhador. Além de artigos otimizados, escreveu livros como Ghost Writer, trabalhos acadêmicos, cursos, roteiros para canais do YouTube, entre outros tipos de textos, colaborando com dezenas de clientes dentro e fora do Brasil.