Desemprego na América Latina cai em 2024, mas desigualdade aumenta
Desemprego na América Latina cai em 2024 e apesar do número positivo, alguns pontos ainda preocupam, como a desigualdade ou disparidade entre a taxa de emprego feminina e masculina.
Assim, te convidamos para entender o que muda no mercado latino em torno da empregabilidade.
![Um homem sendo contratado no escritório, mostrando que o Desemprego na América Latina cai em 2024](https://brasileirotrabalhador.com.br/wp-content/uploads/2025/02/1_desemprego-na-america-latina-cai-em-2024.jpg)
Desemprego na América Latina cai em 2024
O ano de 2024 trouxe uma notícia positiva para o mercado de trabalho na América Latina e Caribe:
🔎 A taxa de desemprego na região caiu para 6,1%, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Em comparação com 2023, quando o índice era de 6,5%, houve uma melhora significativa.
No entanto, por trás desse avanço, persistem desafios estruturais, como o aumento da desigualdade e a precarização do trabalho.
Com isso, a taxa de emprego na região subiu 0,5 ponto percentual, atingindo 58,9% em 2024, e trazendo uma esperança.
Esse crescimento reflete uma recuperação econômica pós-pandemia, que se recupera através de políticas públicas e investimentos em setores como infraestrutura e tecnologia.
No entanto, a qualidade dos empregos ainda é uma preocupação. Isso porque quase metade dos trabalhadores (47,6%) está na informalidade.
Acontece que essa informalidade significa falta de proteção social, baixos salários e instabilidade laboral.
Desigualdade de gênero persiste no mercado de trabalho
Um dos pontos mais críticos que o relatório da OIT revela, é a persistente desigualdade de gênero.
Pois, enquanto a taxa de emprego masculino atingiu 74,3% em 2024, a feminina ficou em 52,1%.
Além disso, as mulheres continuam ganhando, em média, 20% menos do que os homens para desempenhar as mesmas funções.
Essa disparidade reflete desafios históricos, como a sobrecarga de tarefas domésticas e a falta de políticas eficazes para promover a equidade no ambiente de trabalho.
A informalidade também afeta mais as mulheres. Muitas delas estão empregadas em setores como serviços domésticos e comércio informal, onde os direitos trabalhistas são frequentemente negligenciados.
Para reverter esse cenário, especialistas defendem a implementação de políticas públicas que incentivem a formalização e promovam a inclusão das mulheres no mercado de trabalho.
Crescimento econômico não garante redução da desigualdade
Apesar da queda no desemprego, a América Latina continua sendo uma das regiões mais desiguais do mundo.
Como vimos, o crescimento econômico de 2024 não foi suficiente para reduzir as disparidades sociais.
A concentração de renda e a falta de acesso a oportunidades de emprego digno perpetuam ciclos de pobreza e exclusão.
Para enfrentar esses desafios, governos e organizações internacionais precisam adotar medidas integradas.
Ana Virginia Moreira, diretora da OIT para a América Latina e o Caribe, destaca um ponto que merece atenção no relatório:
“A região recuperou os níveis de emprego anteriores à pandemia, mas as perspectivas continuam preocupantes: estamos no mesmo ponto de 10 anos atrás”.
O desemprego na América Latina cai em 2024, no entanto, não dá para celebrar esse marco de forma isolada.
Afinal, a região ainda enfrenta problemas graves, como a alta informalidade, a desigualdade de gênero e a concentração de renda.
Para 2025, a expectativa é de que a taxa de desemprego continue entre 5,8% e 6,2%, como aponta o relatório da OIT.
![Uma mulher com a chave na m]ao após ver o Preço do aluguel em janeiro](https://brasileirotrabalhador.com.br/wp-content/uploads/2025/02/preco-do-aluguel-em-janeiro.jpg)
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Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atuando como Redator Web nos últimos quatro anos, entregou mais de 10 mil artigos em SEO. Hoje, escreve diariamente para o Brasileiro Trabalhador. Além de artigos otimizados, escreveu livros como Ghost Writer, trabalhos acadêmicos, cursos, roteiros para canais do YouTube, entre outros tipos de textos, colaborando com dezenas de clientes dentro e fora do Brasil.