Desemprego no Brasil despenca e bate recorde negativo

Ariel França

1 de julho de 2024

O brasileiro tem motivos para comemorar, pois a taxa de desemprego no país caiu significativamente, atingindo 7,1% no trimestre encerrado em maio, o menor nível em dez anos. 

Desemprego no Brasil despenca e bate recorde negativo (Imagem:  Jeane de Oliveira/ FDR)

Segundo os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população desocupada diminuiu 8,8% em relação ao trimestre anterior e 13% em comparação ao ano passado, totalizando 7,8 milhões de pessoas desempregadas.

Paralelamente, a população ocupada alcançou um novo recorde de 101,3 milhões de trabalhadores, representando um crescimento de 1,1% no trimestre e 3% no ano​.

Melhora na economia

Esses números não apenas indicam uma melhora na empregabilidade, mas também refletem um impacto positivo na economia do país e nas finanças dos brasileiros.

Com mais pessoas empregadas, há um aumento na renda disponível, o que pode impulsionar o consumo e, consequentemente, estimular outros setores da economia.

O rendimento médio real dos trabalhadores foi estimado em R$ 3.181, apresentando um crescimento anual de 5,6%.

A massa salarial total atingiu R$ 317,9 bilhões, um novo recorde, contribuindo para o fortalecimento do poder de compra e a qualidade de vida das famílias.

O crescimento do emprego foi observado tanto no setor formal quanto no informal, com um aumento sazonal significativo em áreas como administração pública, saúde e educação.

Expectativas para os próximos meses

A tendência é que o mercado de trabalho continue a se recuperar, sustentado por políticas econômicas que incentivam a criação de empregos e a formalização de trabalhadores.

Além disso, espera-se que a melhoria na confiança dos consumidores e empresários mantenha o ritmo de contratações, consolidando o cenário de recuperação econômica.

Porém, desafios permanecem, como a necessidade de reduzir a informalidade, que ainda representa uma parcela significativa do mercado de trabalho, e a busca por maior equilíbrio na distribuição de empregos entre diferentes regiões e grupos demográficos.

A desigualdade de gênero, por exemplo, continua a ser um ponto crítico, com taxas de desemprego mais elevadas para mulheres em comparação aos homens​.

Novo limite de faturamento MEI pode ser a solução

O aumento do limite de faturamento para Microempreendedores Individuais (MEI) tem o potencial de impulsionar significativamente a economia brasileira. 

O aumento do teto de faturamento para R$ 144,9 mil permitiria que mais microempreendedores expandissem seus negócios sem o medo de serem desenquadrados do regime simplificado, promovendo a formalização e a geração de empregos.

Com mais recursos disponíveis, os MEIs podem investir em inovação, aumentando sua competitividade e contribuindo para um ciclo de crescimento econômico.

No entanto, a demora no reajuste do limite de faturamento está causando prejuízos à economia e aos microempreendedores.

Políticos que não priorizam essa ação estão ignorando os benefícios potenciais dessa mudança. A falta de clareza e a lentidão na aprovação do reajuste criam incertezas, dificultando o planejamento financeiro dos empreendedores e limitando seu crescimento.

Portanto, o reajuste do limite de faturamento do MEI não só proporcionaria um alívio fiscal para muitos pequenos empresários, mas também contribuiria para um ambiente econômico mais estável e próspero, beneficiando tanto os empreendedores quanto a economia do país como um todo.

 
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