Fila do INSS aumenta: 1,8 milhão de segurados aguardam atendimento
Fila do INSS aumenta e soma cerca de 1,8 milhão em todo o Brasil, mesmo após medidas para combater este problema.
Durante o ano de 2024, o número de pedidos cresceu e durante todos os meses, a fila não ficou com menos de 1 milhão de beneficiários.
Afinal, mesmo atendendo novos pedidos, não param de chegar solicitações para o Instituto Nacional do Seuguro Social.
Fila do INSS aumenta e continua tendência de novos pedidos
A preocupação em torno dos novos pedidos para benefícios previdenciários, é uma questão que ficou no foco do governo durante 2024.
Conforme os dados do Boletim Estatístico da Previdência Social (Beps), em setembro a fila alcançou o seu maior número no ano: 1.798.886 de pessoas. Dessas:
- 1.093.835 pessoas esperam há menos de 45 dias;
- 705.051 aguardam retorno há mais de 45 dias.
Além disso:
- 1.479.055 pessoas apenas esperam retornos do INSS ou perícia;
- 319.831 segurados precisam cumprir alguma exigência quanto a documentos.
A contagem do Beps, aponta para 1.569.602 pessoas na fila de espera durante o mês de janeiro de 2024.
Dos menores números de 2024 ao acúmulo de pedidos
Junho, foi o mês em que teve o menor registro de pessoas na fila, somando, assim, 1.353.910 pessoas.
Não por acaso, este foi o período após a implantação do Atestmed. Esta ferramenta, automatiza a análise dos documentos médicos, sobretudo, para concessão do auxílio-doença.
Além disso, entre abril e maio, o governo fez um grande esforço, implementando mutirões em diferentes regiões do Brasil.
No entanto, o sistema que parecia estar alinhado e pronto para zerar a fila se viu diante de uma greve que durou 114 dias.
Assim, os servidores paralisaram as atividades no dias 16 de julho e retomaram os trabalhos no dia 8 de novembro.
Apesar da coincidência direta com o período de aumento da fila e a greve, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, não relacionou ambos eventos em uma fala recente.
O verdadeiro motivo por trás da fila do INSS?
Segundo o presidente do INSS, a fila com mais de um milhão de pessoas, na verdade, é um reflexo do período de pandemia, gerada pela COVID-19. Em suas próprias palavras, destaca:
“Aumentou muito o número de requerimentos e é natural que você tenha um aumento no estoque.
Nós já estamos fazendo mudanças, alterações, passando mais coisa para o automático, para fazer frente a esse número.
Não só até o final do ano, mas mesmo em janeiro, fevereiro, teremos isso aí já estabelecido. Estamos tranquilos com isso, mas atentos”
Dessa forma, ele deixa claro o interesse e preocupação do INSS em automatizar processos e não deixar esse número continuar crescendo.
Entre outros motivos que poderiam explicar a dificuldade do órgão em zerar as filas, estão:
- O baixo efetivo de servidores pode ter um impacto direto na eficácia com a qual o INSS conseguiu responder às solicitações;
- A precarização da estrutura tecnológica também chama atenção entre as possíveis causas que motivam o aumento da fila.
De todo modo, os próximos meses devem ser de intenso trabalho do INSS para não deixar que milhões de brasileiros continuem sofrendo aguardando uma reposta do instituto.
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atuando como Redator Web nos últimos quatro anos, entregou mais de 10 mil artigos em SEO. Hoje, escreve diariamente para o Brasileiro Trabalhador. Além de artigos otimizados, escreveu livros como Ghost Writer, trabalhos acadêmicos, cursos, roteiros para canais do YouTube, entre outros tipos de textos, colaborando com dezenas de clientes dentro e fora do Brasil.