Fim do Mundo? Como tarifas desencadeiam temores de recessão global

É o começo do Fim do Mundo? O atual anúncio do aumento das tarifas internacionais pelos Estados Unidos gerou temores de uma recessão global nos últimos dias.

Afinal, a decisão, que chegou em 2 de abril de 2025, pelo presidente Donald Trump, afeta o mercado mundial ao pressionar custos e influenciar o comércio.

As tarifas atingem mais de 180 países e têm o potencial de alterar significativamente as dinâmicas econômicas.

Uma pessoa em frente ao computador com calculadora na mão pensando se é o Fim do Mundo
Imagem: Reprodução/Freepik – Edição/Brasileiro Trabalhador

Os Estados Unidos implementaram as tarifas de forma escalonada, focando em produtos como veículos elétricos, baterias e semicondutores, especialmente da China.

Essas taxas variam de 10% a 52%, com impacto direto sobre custos de produção. Assim, as empresas enfrentam o dilema de repassar esses custos aos consumidores ou absorver a diferença.


Como os Mercados Globais estão reagindo?

📉´O impacto imediato das tarifas refletiu-se na desvalorização dos mercados financeiros.

Além disso, os índices acionários globais, como o S&P 500, registraram uma queda de 10,5% em dois dias, perdendo 4,5 trilhões de euros em valor de mercado. Este cenário, o maior desde a Segunda Guerra Mundial, colocou ações de grandes instituições financeiras e commodities sob intensa pressão.

A queda nos preços de commodities como cobre e petróleo, no entanto, é um alarmante indicador da saúde econômica mundial. Contudo, a decisão dos EUA está alinhada a uma agenda protecionista que visa privilegiar a economia interna.

Entretanto, países ao redor do mundo, incluindo Reino Unido, França e China, anunciaram medidas de resposta, sinalizando uma possível guerra comercial global.

Varejistas e o efeito cascata

Nos Estados Unidos, varejistas já sofrem pressão das tarifas. Empresas de vestuário enfrentam possíveis aumentos de custos em até 40%, fazendo com que considerem adiamentos de pedidos e congelamento de contratações.

Os impactos, aliás, se estendem além do setor têxtil, potencialmente afetando toda a economia. Pequenas empresas, sem a estrutura para suportar tal ônus, estão particularmente vulneráveis.

A incerteza gerada freia o consumo interno, amplificando o risco de retração econômica. Com a cadeia de suprimentos global impactada, o reflexo é sentido desde as pequenas aos grandes negócios.


Brasil: estamos correndo risco ou é uma oportunidade?

Embora o Brasil tenha sido poupado dos impactos mais severos, enfrentando apenas uma tarifa extra de 10%, a incerteza global não deixa o país imune.

O fortalecimento do dólar, impulsionado pelo movimento tarifário, pode complicar o cenário econômico interno. Com o comércio exterior tentando se ajustar, as expectativas de crescimento ficam ameaçadas.

Contudo, oportunidades surgem à medida que o Brasil pode aumentar suas exportações para mercados anteriormente dominados por nações agora tarifadas.

A situação exige cautela, visto que a desaceleração econômica nos Estados Unidos pode ter efeitos duradouros sobre a economia brasileira, fortemente ligada à americana.


É o fim do mundo? O que esperar agora?

Com o aumento do risco de recessão em economias chave, como Estados Unidos e União Europeia, a vigilância global permanece alta, e cresce o temor por um “Fim do Mundo” como o conhecemos.

Mas nas próximas semanas, a resposta dos países às tarifas e a atuação estratégica de blocos econômicos serão cruciais para mitigar potenciais danos. O Banco Central dos Estados Unidos deve agir com ajustes monetários se a inflação subir, refletindo essas pressões protecionistas.

Para os analistas, o cenário exige atenção a políticas de mitigação e busca por novas parcerias comerciais, num esforço de suavizar os efeitos danosos dessas medidas e ajustar expectativas frente a um cenário de incerteza econômica contínua.

Moysés Batista
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Moysés Batista

Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atuando como Redator Web nos últimos quatro anos, entregou mais de 10 mil artigos em SEO. Hoje, escreve diariamente para o Brasileiro Trabalhador. Além de artigos otimizados, escreveu livros como Ghost Writer, trabalhos acadêmicos, cursos, roteiros para canais do YouTube, entre outros tipos de textos, colaborando com dezenas de clientes dentro e fora do Brasil.