Folha de pagamento reonerada! Saiba o que muda para seu negócio

Confira agora: folha de pagamento reonerada, e o que isso muda para seu negócio?

Os setores que atualmente se beneficiam da desoneração da folha de pagamento são alguns dos maiores empregadores do país, abrangendo áreas como calçados, call center, comunicação, confecção e vestuário, construção civil, transporte rodoviário de cargas e passageiros, entre outros.  Com a reoneração, esses setores terão que se adaptar a uma nova realidade tributária, o que pode levar a ajustes nas estratégias de contratação e de gestão de custos. Empresas de tecnologia da informação, por exemplo, que fazem parte dos setores beneficiados, podem enfrentar desafios adicionais na manutenção de sua força de trabalho, especialmente em um mercado altamente competitivo.  Da mesma forma, o setor de construção civil, que emprega milhares de trabalhadores, poderá ver um aumento nos custos operacionais, o que pode impactar o ritmo de novas obras e projetos.  Anuncios   Compensações previstas no projeto Para minimizar o impacto negativo da reoneração, o texto aprovado no Senado inclui oito medidas compensatórias que visam recuperar a arrecadação perdida com a desoneração. Entre essas medidas estão:  Captura de depósitos esquecidos: a proposta prevê a captura de depósitos judiciais esquecidos em contas por mais de cinco anos; Repatriação de recursos: a abertura de um novo prazo para repatriação de recursos no exterior, com taxas de regularização menores; Regularização do Imposto de Renda: a possibilidade de regularizar pendências na declaração do Imposto de Renda, com desconto na cobrança; Programa de descontos: um programa que oferece descontos para empresas que tenham multas vencidas junto às agências reguladoras. Essas medidas foram negociadas entre o governo e o Congresso e são vistas como uma tentativa de reduzir o impacto da reoneração sobre as empresas, ao mesmo tempo em que se busca manter o equilíbrio fiscal.  Desafios e próximos passos tributação imagem: Dilok Klaisataporn / shutterstock.com Embora a proposta tenha sido aprovada pelo Senado, ainda há um caminho a ser percorrido antes que as mudanças entrem em vigor. A proposta precisa ser analisada e aprovada pela Câmara dos Deputados, onde poderá sofrer modificações. Além disso, a sanção presidencial é necessária para que a medida seja oficializada.  Outro desafio é a implementação das medidas compensatórias e a adaptação das empresas ao novo regime tributário. Será crucial que o governo e os setores afetados trabalhem juntos para garantir uma transição suave e minimizar os impactos negativos sobre a economia e o emprego.
Foto: Divulgação Senado

Na última terça-feira, dia 20 de agosto, o Senado fez uma aprovação importante que pode mudar a tributação da sua empresa; confira as regras!

O que é a reoneração da página de pagamento?

A política de desoneração foi implementada no país há mais de 10 anos, procurando reduzir a carga tributária de certos setores da economia.

Nesse sentido, tem um impacto principalmente no INSS. Ao invés de recolher 20% sobre a folha dos funcionários, os setores escolhidos podiam fazer uma contribuição de 1% a 4,5% sobre a receita bruta total.

A desoneração funciona para estimular contratações e movimentar o mercado em setores que são importantes para o PIB nacional.

Senado propõe reoneração

Desde 2011, prevaleceu o sistema de desoneração, mas o Senado aprovou um caminho de reoneração, com o objetivo de aumentar a arrecadação para os cofres públicos.

A proposta elabora pelo Senado seguirá de forma gradual ao longo dos anos, como:

  • A partir de 2025, as empresas começarão a pagar 5% de INSS sobre a folha de pagamento;
  • A partir de 2026, os valores de alíquota vão subir para 10%;
  • A partir de 2027, a reoneração vai atingir o limite de 20%, seguindo o que era antes.

Dessa maneira, o Senado conduzirá uma volta ao padrão anterior, eliminando a desoneração e trazendo novos cálculos de impostos para o público.

Vale ressaltar também que, durante esse processo de volta, haverá uma diminuição em outros impostos das empresas, procurando auxliar nas contas de maneira mais assertiva.

Qual o impacto nos setores?

Veja os setores que atualmente trabalham com a desoneração:

  • Produção de calçados, call center, comunicação, vestuário, construção civil, transporte de passageiros e outros.

Nesse sentido, é possível que haja um grande impacto nas contas, sobretudo por não ser um gasto anteriormente previsto no orçamento para o ano.

Para mitigar isso, o governo fará exatamente esse período de compensações financeiras, para auxiliar na saúde financeira das empresas.

Isso significa que os empresários terão tempo para regularizarem o Imposto de Renda, e receber descontos para acertar pendências antigas.

E o que esperar para o futuro?

Em primeiro lugar, vale ressaltar que a proposta foi aprovada pelo Senado, mas ainda não quer dizer que começará a valer desde já.

Nesse sentido, deverá passar ainda pela aprovação da Câmara dos Deputados, para definir o texto geral que será por parte da lei.

Ao longo do caminho, o desafio será exatamente conciliar o período de compensações financeiras, bem como fazer uma subida gradual de acordo com as propostas do governo.

De toda maneira, é preciso equilibrar também com as contas das empresas, sobretudo por trabalhar com setores muito importantes para a economia.

Até lá, vale a pena acompanhar bem as novas legislações, isso porque pode mudar significativamente os cálculos e o planejamento para sua empresa.

Em caso de dúvidas, sempre vale a pena buscar consultoria especializada para não ficar em débitos e ficar de olho em questões importantes para manter-se de acordo com a legislação.

Gabriel Gonçalves
Escrito por

Gabriel Gonçalves

Gabriel é formado em Comunicação Social pela Unicamp e mestrando em Cultura e Comunicação pela Universidade de Lisboa. Atuando como redator por mais de 8 anos, já escreveu sobre diferentes temas como educação, finanças, leis e saúde. Além disso, trabalha como produtor de conteúdo nas redes sociais e pratica esportes nas horas vagas.