Nova forma de cobrar imposto pode baratear o preço da carne; entenda
A reforma tributária proposta no Brasil visa simplificar um sistema fiscal atualmente complexo e ineficiente.
O objetivo central é a unificação de impostos federais, estaduais e municipais em um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) único, com a criação de uma alíquota única que se aplicaria a uma ampla gama de produtos e serviços.
Atualmente, a carga tributária sobre a carne representa cerca de 12,7% do valor final que o consumidor paga. Essa taxa inclui aproximadamente 7,5% referente ao ICMS e outros encargos.
Veja também: PIX do Imposto de Renda FALHA e deixa milhares de clientes na mão
Efeitos da isenção de impostos sobre as carnes
A isenção total ou parcial de impostos sobre carnes pode ter vários efeitos significativos.
Conforme as projeções, a eliminação da tributação não apenas reduziria os preços das carnes nas prateleiras, mas também ofereceria um benefício direto para as famílias cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
Essas famílias poderiam se beneficiar de taxas ainda menores por meio de um mecanismo de cashback, que devolveria parte do valor pago.
A proposta sugere que a reforma possa resultar numa diminuição de 60% do IVA para produtos da cesta básica, incluindo as carnes.
Em um cenário ideal de isenção total, o benefício fiscal seria de 100%. A proposta do Ministério da Fazenda sugere uma redução de aproximadamente 16,5%, enquanto o mecanismo de cashback poderia proporcionar uma redução de até 33% para os beneficiários.
Veja também:Caixa volta atrás e DEVOLVE DINHEIRO a clientes; confira
Opiniões de especialistas sobre a reforma
Especialistas da área econômica apontam que essa mudança pode promover um equilíbrio mais razoável entre necessidades básicas e consumo responsável.
Contudo, há preocupações de que a reforma possa levar a um aumento na alíquota padrão do IVA para outros produtos.
Analistas destacam que, enquanto cortes de carne mais nobres, como a picanha, podem sofrer um aumento moderado de impostos, cortes populares e essenciais, como acém e coxão mole, poderiam continuar a ser beneficiados pela isenção.
Isso garantiria que as camadas mais vulneráveis da população ainda tenham acesso à proteína de forma acessível.
Com uma carreira jornalística iniciada em 2013, Gilmar Penter se dedica a traduzir temas complicados, como economia popular, benefícios do governo e questões ambientais, para uma linguagem simples e acessível. Além da redação com SEO, têm passagens pelo rádio e experiências na produção audiovisual e em fotojornalismo.