Preço da comida pode subir? Governo reduz isenção de imposto para alimentos importados

O preço da comida pode subir? Muitos brasileiros começaram a se perguntar isso após a decisão do governo, que começou a valer na última sexta-feira (14).

Uma pessoa no mercado comprando já que o Preço da comida pode subir
Imagem: Reprodução/Freepik – Edição/Brasileiro Trabalhador

A aprovação partiu do Camex (Câmara de Comércio Exterior), de modo que o governo federal fez o anúncio no dia 06, na primeira semana de março.

A confirmação da mudança na política de isenção de impostos foi confirmada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

De todo modo, vamos entender melhor os detalhes dessa mudança, uma vez que ela ainda levanta a questão: o preço da comida pode subir?


O que mudou na tributação de alimentos importados?

Antes de tudo, vale mencionar que o governo decidiu manter a isenção total de impostos sobre a importação de determinados produtos, enquanto outros subprodutos ainda estão de fora.

De todo modo, já há um começo que pode resultar em mudanças positivas para o bolso do brasileiro. Afinal, entre os itens que passaram por isenção no custo de importação, estão:

  • Carne bovina desossada (antes com imposto de 10,8%);
  • Café torrado e em grão (9% e 9,2%, respectivamente);
  • Açúcar (14,4%);
  • Milho (7,2%);
  • Óleo de girassol (9%);
  • Azeite de oliva (9%);
  • Sardinha (anteriormente 32%, com cota de 7,5 mil toneladas);
  • Bolachas e biscoitos (16,2%);
  • Massas alimentícias (14,4%);
  • Óleo de palma, com aumento do limite de importação de 60 mil para 150 mil toneladas.

Entretanto, alguns produtos não foram contemplados na lista de isenção. Carnes bovinas com osso, frango e carne suína continuarão sendo tributadas, o que pode pressionar os preços desses itens no mercado.

Impacto no bolso do consumidor

A manutenção da isenção para alimentos importados como milho, açúcar e azeite pode ajudar a conter aumentos imediatos nos preços.

No entanto, a exclusão de carnes com osso e outras proteínas pode gerar reajustes, especialmente se a demanda interna crescer ou a produção nacional enfrentar desafios.

Especialistas apontam que a cadeia produtiva de alimentos depende de insumos importados, e a tributação de alguns itens pode resultar em reajustes indiretos no custo final para o consumidor.

Caso a oferta interna não seja suficiente para suprir a demanda, os preços podem sofrer impacto.


Quais são as perspectivas para os próximos meses?

A pergunta “preço da comida pode subir?“, de fato, ainda vem acompanhada de diferentes fatores. Desse modo, é necessário levar em consideração:

  • Comportamento do mercado internacional;
  • Inflação nos próximos meses;
  • As estratégias do governo para conter eventuais aumentos.

Além disso, a oscilação cambial é um fator importante! Ela influencia diretamente no custo de importação de produtos essenciais.

Então, mais do que apenas às decisões do governo, os brasileiros precisam se atentar às variações de preço nos supermercados, especialmente em produtos que sofreram mudanças na tributação.

Porque se ao invés de haver quedas os custos aumentarem significativamente, o governo deve rever a política para evitar impacto negativo na economia.

Afinal, esta tem sido um dos principais pontos que afetaram a popularidade do governo Lula.

Com isso, a decisão do governo de reduzir a isenção de impostos para alguns alimentos importados já deve demonstrar reflexos no preço da comida.

É importante lembrar que itens essenciais continuem sem tributação. A exclusão de certos produtos do benefício pode gerar aumentos em categorias específicas, como as carnes.

De todo modo, o impacto final ainda vai depender da dinâmica entre oferta e demanda, além das condições econômicas do país.

Você pode conferir a matéria com mais detalhes técnicos no Portal do Governo.

Moysés Batista
Escrito por

Moysés Batista

Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atuando como Redator Web nos últimos quatro anos, entregou mais de 10 mil artigos em SEO. Hoje, escreve diariamente para o Brasileiro Trabalhador. Além de artigos otimizados, escreveu livros como Ghost Writer, trabalhos acadêmicos, cursos, roteiros para canais do YouTube, entre outros tipos de textos, colaborando com dezenas de clientes dentro e fora do Brasil.