Preço do aluguel em janeiro: estudo revela alta de mais que 3 vezes a inflação – saiba por que

Preço do aluguel em janeiro sobe e supera a inflação acumulada no mesmo período, conforme aponta Índice do FipeZap de Locação Residencial.

Uma mulher com a chave na m]ao após ver o Preço do aluguel em janeiro
Imagem: Reprodução/Freepik – Edição/Brasileiro Trabalhador

Com o preço do aluguel em janeiro mostrando um aumento expressivo, o destaque fica para o fato dessa alta superar a inflação em mais de três vezes.

Desse modo, conforme o índice citado acima, a alta registrada foi de 0,96% no mês, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou apenas 0,16%.

Essa mudança e alta que perdura nos últimos meses, tem preocupado cada vez mais inquilino, mas mostra um reflexo das tendências do mercado imobiliário para 2025.


Por que o aluguel subiu tanto?

Esta, de fato, deve se tornar uma questão cada vez mais comum para brasileiros nos próximos meses.

Mas o aumento do preço do aluguel pode ser explicado por diversos fatores. Entre eles, é possível destacar alguns:

  • Demanda elevada: o aquecimento do mercado de locação impulsionado pela alta dos juros, que torna o financiamento imobiliário menos acessível;
  • Inflação dos custos imobiliários: despesas com manutenção, IPTU e taxas condominiais pressionam os
  • Restrição no mercado de venda: com a trava imposta em 2025, na concessão de crédito imobiliário, o setor encontra dificuldades para movimentar capital;
  • Impacto da taxa Selic: atualmente em 13,25%, esse aumento torna os juros sobre empréstimos mais alto, o que também gera uma restrição na hora de conceder crédito imobiliário.

A economista do DataZAP, Paula Reis também aponta outros pontos como o “esgotamento dos recursos da poupança e às perspectivas favoráveis para o mercado de trabalho para este ano”. Ela destaca:

“A variação dos preços dos aluguéis pode ser atribuída a vários fatores, com destaque para o cenário macroeconômico, especialmente no mercado de trabalho no Brasil”.

Vale mencionar também que o reajuste do salário mínimo em 2025, também pode ter a sua influência nessa mudança.

Uma pessoa apertando a mão da outra após ver como negociar aluguel em 2024


Diferença entre aluguel e inflação

O IPCA, principal indicador da inflação, registrou um crescimento de 0,16% durante o mês de janeiro. Isso significa que o custo de vida geral subiu menos do que os preços dos aluguéis.

Essa discrepância acontece porque o aluguel segue dinâmicas próprias, como a oferta e demanda do mercado imobiliário, que podem divergir da inflação oficial.

O preço médio do aluguel no país ficou em R$ 46,94/m² no país.

Aliás, o aluguel ficou mais caro para imóveis com três quartos, enquanto imóveis com apenas um dormitório estiveram com os valores mais estáveis.

Como os inquilinos podem lidar com esse aumento?

De fato, não é tão simples se livrar de dívidas como aluguel, sendo de suma importância para qualquer pessoa e família.

Mas é possível buscar algumas medidas para diminuir impactos financeiros negativos que essa alta pode trazer.

Antes de tudo, você pode apostar em um diálogo direto com o proprietário. Assim, a busca é por reajustes menores ou condições mais flexíveis no contrato.

Outra opção é pesquisar alternativas, comparando preços em diferentes regiões procurando imóveis com valores mais acessíveis.

Além disso, o planejamento financeiro sempre pode ser um suporte vital para acompanhar estes reajustes anuais e até evitar imprevistos.

Sem dúvida, o preço do aluguel em janeiro subindo acende um alerta para os próximos meses.

De todo modo, acompanhar diariamente o comportamento do mercado imobiliário se torna um fator determinante para a situação dos inquilinos em 2025.

E aqui no Brasileiro Trabalhador, vemos notícias como esta e te mantemos em dia sobre as informações mais importantes!

Moysés Batista
Escrito por

Moysés Batista

Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atuando como Redator Web nos últimos quatro anos, entregou mais de 10 mil artigos em SEO. Hoje, escreve diariamente para o Brasileiro Trabalhador. Além de artigos otimizados, escreveu livros como Ghost Writer, trabalhos acadêmicos, cursos, roteiros para canais do YouTube, entre outros tipos de textos, colaborando com dezenas de clientes dentro e fora do Brasil.