Brasileiros pagam mais caro! Reforma tributária aumenta custo da internet
Reforma tributária aumenta custo da internet e gera preocupação em representantes de setores do TI que preveem um aumento em torno de R$ 20,00 para o consumidor final.
Então, levando em consideração que o preço médio pago pelo brasileiro é de R$ 100, o custo pode chegar a R$ 120.
A reforma tributária, foi promulgada como Emenda Constitucional 132, em dezembro de 2023.
Assim, ela gerou bastante debate e mostraremos como ela vai afetar o cidadão brasileiro, ao menos nesta área tão importante hoje.
Quem paga? Reforma tributária aumenta custo da internet
De fato, o brasileiro tem visto diferentes mudanças que afetam a forma como lidamos com o dinheiro, e o quanto ele pode comprar.
O aumento de R$ 20 para o consumidor final de internet no Brasil, é uma resposta inevitável da cobrança do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que pode chegar a 27,9%.
Dessa forma, como aponta, Eduardo Parajo, presidente do Conselho da Associação Brasileira de Internet (Abranet):
“A reforma vai ter um aumento de preços para o consumidor final. Por quê? Porque, de fato, vai ter um aumento da carga tributária para o setor.
O impacto para o nosso setor hoje está em torno de 15% a 18%, [seria o] aumento de custos simplesmente para pagar os impostos da reforma.
Então, se atualmente nós temos um acesso à banda larga que chega a R$100, vai chegar a R$118, a R$120 só para compensar a questão tributária.”.
Assim, o anúncio vem como um aviso para os consumidores de que “a conta está aumentando, mas a culpa não é das empresas”.
O impacto da reforma no setor de TI
A reforma tributária não se resume apenas ao aumento de custos, afinal, também apresenta diferentes benefícios.
No entanto, o foco é estritamente sobre o aproveitamento de créditos. Esta medida faz com que as empresas paguem menos taxas e impostos ao longo da sua produção.
Mas o setor de TI se encontra em um impasse com esta regra.
Para facilitar a compreensão sobre o que está ocorrendo, destacamos a fala de Sérgio Sgobbi, que fala pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom):
“O comércio poderá se creditar de tudo que vende, a indústria poderá se creditar de tudo que transforma, a construção pode creditar de todo material que usa, mas o setor de TI não pode se creditar de mão de obra, que é o nosso principal insumo.”.
Basicamente, a reforma tem maior impacto sobre materiais, e o setor de TI, não pôde ter grande aproveitamento.
O que é a Emenda 878?
A esperança para o setor de TI, é a Emenda 878, apresentada pelo senador Izalci Lucas (PL-DF).
Na prática, ela estende a concessão do crédito, abrangendo também o custo que há na contratação de trabalhadores.
Dessa forma, o setor também se beneficiaria, sem a necessidade de repassar este aumento para o consumidor.
No entanto, o auditor fiscal da Receita Federal, Marcos Flores, já deixou claro que não é favorável à emenda, e entre sua fala, ele destacou:
“Não adianta aumentar os 23 anexos que o PLP já tem, as 80 páginas de regime especial diferenciado, de apuração específica. Vai ficar mais complicado. Quando a gente dá diferenciações amplas — essa para esse setor, essa para esse segmento, essa para essa situação — é pior […]”.
Portanto, há um entendimento de que vai pesar para um lado, mas alguém tem que pagar essa conta.
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atuando como Redator Web nos últimos quatro anos, entregou mais de 10 mil artigos em SEO. Hoje, escreve diariamente para o Brasileiro Trabalhador. Além de artigos otimizados, escreveu livros como Ghost Writer, trabalhos acadêmicos, cursos, roteiros para canais do YouTube, entre outros tipos de textos, colaborando com dezenas de clientes dentro e fora do Brasil.