Correios ampliam déficit das estatais em 2024 e preocupam o governo
Correios ampliam déficit das estatais em 2024 e preocupam o governo, uma vez que representam cerca de 50% da conta total.
De 20 estatais na lista, outras duas chamam a atenção do governo, sendo a Infraero e a Casa da Moeda.
A seguir, vamos entender juntos o que as empresas alegam e expectativas para o ano de 2025, que já começa com um grande desafio.
O grande desafio dos Correios em 2025
Com um déficit de R$ 3,2 bilhões, a empresa representa a metade do déficit total de R$ 6,7 bi dentre as 20 estatais federais.
Os números são públicos que e quem o apresenta o Ministério da Gestão e Inovação (MGI).
Vale mencionar que esse orçamento desconsidera estatais como a Petrobrás e o Banco do Brasil.
Desse modo, os Correios têm um grande desafio em 2025, reverter este saldo deficitário.
A alegação dos Correios
Após a divulgação do Banco Central, e a divulgação da “culpa” de mais de 50% do rombo bilionário causado pelas estatais, o presidente dos Correios se manifestou.
Assim, Fabiano Silva dos Santos, na última sexta-feira (31), em sua fala declarou que a empresa paga o preço pela tentativa de privatização da estatal durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Os Correios foram preparados para ser privatizados. Os Correios foram sucateados. Não se tinha investimento em tecnologias.
A gente tem grandes empresas que investem em robotização das operações, que investem em modernização do seu parque tecnológico e isso é vital para uma empresa como os Correios.
Então, esse sucateamento é um preço muito alto que a empresa faz. E, isso sim, nós estamos trabalhando com muita dedicação para inovar”.
Mas a culpa não recaiu apenas sobre às decisões do último partido. Afinal, Fabiano também destacou que o Programa Remessa Conforme também impactou o orçamento da empresa.
Este programa ganhou repercussão nacional como “taxação das blusinhas”, e segundo o presidente da estatal, poderia representar mais de R$ 2 bilhões do déficit em 2024.
Novas perspectivas para 2025
Mediante a um déficit bilionário, a preocupação dos Correios neste momento, é de cobrir esse rombo, buscando, sobretudo, meios para arrecadar fundos.
Aliás, a secretária de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do MGI, Elisa Leonel, destacou na última quinta-feira (30):
“O que a gente tem então é que criar receitas alternativas, negócios que tragam receitas, e esse é o projeto que a gente está discutindo: quais são esses segmentos que os Correios vão ampliar a sua presença para que gerem receitas adicionais”.
Enquanto os Correios ampliam déficit na conta das estatais, muitos especialistas questionaram o motivo da permanência do atual presidente da estatal no cargo.
A crítica recai sobre o ponto de que uma dívida de R$ 3 bilhões em uma empresa privada seria inadmissível e passível de demissão.
De todo modo, ao ser questionado, Fabiano Silva alegou que “isso é uma avaliação que compete ao presidente [da República]”.
Em veículos de mídia, muitos esperam um posicionamento do governo em resposta a esse episódio. Aliás, este é o maior resultado negativo da série histórica da empresa, que conta a partir de 2009.
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atuando como Redator Web nos últimos quatro anos, entregou mais de 10 mil artigos em SEO. Hoje, escreve diariamente para o Brasileiro Trabalhador. Além de artigos otimizados, escreveu livros como Ghost Writer, trabalhos acadêmicos, cursos, roteiros para canais do YouTube, entre outros tipos de textos, colaborando com dezenas de clientes dentro e fora do Brasil.
