Mulheres dominam bolsas de mestrado e doutorado; entenda os números
Com base em números do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vemos como as mulheres dominam bolsas de mestrado e doutorado.
Assim, encontramos um cenário em que as mulheres são maioria nas bolsas de mestrado (54%) e doutorado (53%).
Portanto, fica muito claro como a presença feminina na pós-graduação acadêmica vem crescendo significativamente, nos últimos anos.

Esse avanço, aliás, reflete a maior inserção feminina na produção científica, impulsionada por iniciativas governamentais e institucionais.
Conquistas e obstáculos na carreira acadêmica
Apesar do avanço nas bolsas de pós-graduação, vale mencionar que as mulheres ainda enfrentam barreiras na progressão acadêmica.
Vemos, por exemplo, que entre as bolsas de produtividade, destinadas a pesquisadores de destaque, as mulheres são apenas 35,5%.
Este número, por exemplo, mostra que ainda há certa desigualdade no reconhecimento e na ascensão profissional dentro da academia para as mulheres.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) tem desenvolvido políticas para incentivar a participação feminina na ciência.
Em novembro de 2024, a Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que busca ampliar essas oportunidades, reforçando o compromisso com a inclusão.
Desigualdade em áreas tecnológicas
Outro ponto que merece atenção, é o fato de que a desigualdade de gênero é ainda mais forte nas áreas de Tecnologia e Exatas.
Em 2022, apenas 15,7% das estudantes de Tecnologia da Informação (TI) eram mulheres, e a presença feminina nos empregos do setor TIC foi só de 39%.
Esses números revelam que ainda existe a necessidade de continuar incentivando a formação e permanência de mulheres nestas áreas.
Políticas como bolsas específicas para mulheres em cursos de tecnologia e programas de mentoria têm sido implementadas para mudar esse cenário.
A ministra do MCTI, Luciana Santos, destaca que iniciativas assim são essenciais para reduzir as desigualdades e promover um ambiente mais diverso e inclusivo na ciência.
Por que essas políticas públicas são importantes para a sociedade?
O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado 11 de fevereiro, reforça a necessidade de medidas que garantam a equidade de gênero na produção científica.
É importante destacar que o Brasil avançou na inclusão feminina na academia, mas ainda há desafios a serem superados.
Mesmo vendo que as mulheres dominam bolsas de mestrado e doutorado existem muitos pontos que merecem atenção.
Afinal, valorizar o talento feminino na ciência não é apenas questão de justiça social, como um fator essencial para o desenvolvimento do país.
Em resposta a esta necessidade, o MCTI vem investindo e criando diferentes programas que buscam a inclusão desse grupo.
Um desses projetos, que conta com o financiamento do CNPq, é o projeto “Guardiãs das Águas — Meninas pelo Saneamento”.
Quem puxa essa pesquisa é a professora da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Jeamylle Nilin.
Além do financiamento, o projeto também conta com o apoio do Ministério das Mulheres e do MCTI.
Uma das preocupações em gerar mais diversidade na produção acadêmica, é a busca por tornar o corpo de pesquisadores em todas as áreas cada mais inovadora e rica.
Outras ações e projetos estão em ação neste exato momento, e você pode acompanhar algumas dessas iniciativas na página do governo.




Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atuando como Redator Web nos últimos quatro anos, entregou mais de 10 mil artigos em SEO. Hoje, escreve diariamente para o Brasileiro Trabalhador. Além de artigos otimizados, escreveu livros como Ghost Writer, trabalhos acadêmicos, cursos, roteiros para canais do YouTube, entre outros tipos de textos, colaborando com dezenas de clientes dentro e fora do Brasil.