Como deve ser a proposta de plano de saúde de até R$ 100 e o que considerar na hora de contratar
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está conduzindo uma consulta pública sobre uma nova proposta de plano de saúde acessível, com mensalidades de até R$ 100.
Com este modelo, o órgão busca ampliar o acesso da população a serviços de saúde privados e menos acessíveis.
No entanto, este plano não inclui atendimentos de urgência, além de internações ou terapias.
Por isso, antes de aderir a esse tipo de plano, é essencial entender seu funcionamento e avaliar se ele atende às suas necessidades.
O que é a nova proposta de plano de saúde?
O novo plano de saúde, deve ser testado em um período experimental de dois anos. De todo modo, o seu intuito é atender um grupo específico:
👨⚕️ Pessoas que não possuem convênio médico, mas que buscam evitar longas filas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Imagem: Reprodução/Freepik – Edição/Brasileiro Trabalhador
O objetivo é oferecer uma alternativa regulada, esta, por sua vez, se ancora na Resolução Normativa 621.
Além disso, esta é uma solução para aqueles que atualmente recorrem a clínicas populares ou cartões de desconto, serviços sem fiscalização oficial.
Vale mencionar também que esse modelo vai funcionar no formato coletivo por adesão, de modo que ele pode incluir uma coparticipação de até 30%, embora isso não seja obrigatório.
E um dos pontos mais interessantes é que os beneficiários também poderão receber bônus caso participem de programas de cuidado e permaneçam no plano após o período experimental.
O que está incluído e o que fica de fora?
Os planos de até R$ 100 cobrirão apenas consultas eletivas e exames previstos no Rol de Procedimentos da ANS.
Dessa forma, os beneficiários poderão agendar consultas com especialistas reconhecidos pelo Conselho Federal de Medicina e realizar exames preventivos. Esta ação é importante para o diagnóstico precoce de doenças.
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❌ Atenção porque esses planos não incluem atendimento emergencial, pronto-socorro, internações ou terapias especializadas.
Então, se o beneficiário precisar de um atendimento de urgência ou um procedimento mais complexo, ele terá que recorrer ao SUS ou pagar pelos serviços de forma particular.
Para minimizar impactos no sistema público, a ANS sugere uma integração com o SUS.
A integração, por sua vez, permite que pacientes já cheguem aos hospitais com exames realizados, facilitando diagnósticos e agilizando tratamentos.
Como será a precificação desse novo modelo?
A ANS ainda não confirmou o valor exato desses planos, mas a estimativa é que custem em torno de R$ 100 ou menos.
A base de comparação utilizada é a dos planos exclusivamente ambulatoriais, que hoje giram em torno de R$ 360, segundo dados do primeiro semestre do ano passado.
De todo modo, espera-se que o mercado se autorregule para definir um preço viável, e a primeira audiência pública já está aberta, aceitando opiniões até o dia 4 de abril.
Sem dúvida, a proposta de plano de saúde acessível da ANS pode beneficiar milhões de brasileiros que hoje dependem do SUS ou de serviços não regulados.
No entanto, não deixe de entender bem suas limitações para avaliar se esse modelo é o ideal para suas necessidades de saúde.
Lembre também que a princípio, há um período de testes previsto, em que os consumidores devem ficar atentos às discussões e às regulamentações futuras para tomar a melhor decisão.




Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atuando como Redator Web nos últimos quatro anos, entregou mais de 10 mil artigos em SEO. Hoje, escreve diariamente para o Brasileiro Trabalhador. Além de artigos otimizados, escreveu livros como Ghost Writer, trabalhos acadêmicos, cursos, roteiros para canais do YouTube, entre outros tipos de textos, colaborando com dezenas de clientes dentro e fora do Brasil.