Imposto sobre grandes fortunas dá resultado? Confira exemplos internacionais
Será que imposto sobre grandes fortunas dá resultado? Vamos ver alguns exemplos internacionais!
Ao longo dos últimos meses, a Reforma Tributária vem gerando bastante polêmica no país, principalmente por causa da inclusão de novos impostos para o público.
Com isso, vem a discussão sobre a taxação de grandes fortunas, será que realmente funciona? Veja alguns exemplos!
O que é a taxação de grandes fortunas?
Há diferentes maneiras de cobrar impostos de acordo com as políticas tributárias de um país, e elas podem incidir em vários momentos da vida do contribuinte.
Nesse sentido, há a cobrança de tributações no consumo, como o ICMS, que incidem de maneira igualitária para toda a população, que paga o mesmo valor nos produtos e serviços.
Por outro lado, há a incisão direta sobre renda e propriedade, como o Imposto de Renda. Nesses casos, a cobrança é proporcional aos rendimentos, incidindo de maneiras diferentes de acordo com a renda.
Assim, a taxação de grandes fortunas é cobrado em cima dos bens líquidos de pessoas físicas a partir de um certo limite.
Como funciona a taxação de grandes fortunas?
Em poucas palavras, as pessoas físicas e jurídicas que extrapolarem um certo limite, geralmente na casa dos bilhões, pagaria uma alíquota de imposto mais alta.
A ideia é bem simples: quem tem muito, pagar mais. Com os impostos sobre consumo, há uma forte redução de poder de compra.
Isso porque o público com poucas condições paga o mesmo valor que as pessoas com maiores condições. No caso da cobrança proporcional, haveria um certo equilíbrio e uma ‘justiça social’ na cobrança.
A taxação das grandes fortunas resolve problemas tributários?
As opiniões sobre a taxação são diversas. Uma matéria da Forbes, por exemplo, traz opiniões de especialistas para indicar que a medida pode não ser totalmente efetiva, sobretudo para o crédito do país.
Em primeiro lugar, há a dificuldade de definir o que é uma grande fortuna, sobretudo em razão da fluidez atual do mercado.
Por outro lado, para os especialistas, poderia resultar na retirada de dinheiro do país, com os bilionários transferindo as riquezas para outras partes do mundo sem tal imposto.
Portanto, por mais que pareça uma medida suficiente, para muita gente da área, não é exatamente uma resposta 100% satisfatória.
Ainda que pareça muito dinheiro, os chamados de ‘super ricos’ representam menos de 1% da população brasileira, o que não seria uma renda tão expressiva quanto se espera.
E o que é feito pelo mundo?
A discussão sobre o IGF, ou Imposto sobre Grandes Fortunas, não vem acontecendo só no Brasil, mas sendo um tema em todo o mundo.
No próprio Fórum Econômico Mundial, em 2022, foi um dos principais tópicos em discussão. Isso porque a população mais rica do mundo, equivalente a 1%, concentrou cerca de 2/3 da renda total.
A cobrança do IGF, ou pelo menos de impostos parecidos, já é realizada em diferentes países, como Holanda, Portugal e Espanha. Dinamarca e Suíça também registram esse tipo de incisão.
Em primeiro lugar, há uma grande variedade sobre os formatos de cobrança, mas em boa parte dos países, representa menos de 1% do PIB total do país.
Portanto, atualmente, é difícil precisar se a medida é positiva ou negativa, ficando a cargo das análises mais aprofundadas dos especialistas.
Gabriel é formado em Comunicação Social pela Unicamp e mestrando em Cultura e Comunicação pela Universidade de Lisboa. Atuando como redator por mais de 8 anos, já escreveu sobre diferentes temas como educação, finanças, leis e saúde. Além disso, trabalha como produtor de conteúdo nas redes sociais e pratica esportes nas horas vagas.