Carne registra alta pelo terceiro mês; veja os motivos por trás do aumento no preço

Carne registra alta pelo terceiro mês; veja os motivos por trás do aumento no preço.

Carne registra alta pelo terceiro mês; veja os motivos por trás do aumento no preço
Foto: Edição BT

Quem vai frequentemente ao mercado já percebeu: a carne está mais cara! Após meses em queda, a carne começou a subir.

E já é o terceiro mês seguido de alta, veja agora os motivos e o que se espera para os próximos meses.

Preço da carne registra alta

Segundo o IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, divulgado em 10 de dezembro, o preço das carnes aumentou novamente.

E já é o terceiro mês seguido de alta nos preços, chegando a 15,43%. Anteriormente, a carne havia ficado cerca de um ano e meio sem aumento nos preços.

Cortes de carnes que mais subiram o preço

O corte de carne que mais subiu o preço foi o patinho, com aumento de quase 20% ao longo dos últimos 12 meses.

Normalmente, o item entra na cesta básica para muita gente, fazendo parte da alimentação diária do brasileiro.

O acém registrou uma inflação de 18.33% nos últimos 2 meses, enquanto o peito registrou 17% e o lagarto comum aumentou a inflação em 16.91%,

Por sua vez, o único corte que registrou queda foi o do fígado, pouco mais de 3% mais barato de acordo com o índice.

Qual o motivo do aumento?

De acordo com os especialistas, as secas e as queimadas são um dos motivos responsáveis pela subida nos preços, principalmente nos últimos meses.

Ao longo dos últimos anos, o mercado vem registrando muitos abates, e pode causar a diminuição da oferta de animais no campo.

Além disso, o Brasil vem batendo recordes em números de exportações, o que coloca o foco no mercado externo, causando problemas para o abastecimenti interno.

Qual a previsão para 2025?

Segundo a projeção dos economistas, o preço não deve abaixar tão cedo.

A perspectiva é que os preços continuem aumentando ao longo de 2025 e até 2026.

Segundo o acordo entre União Europeia e Mercosul, a carne é um dos produtos que reduzirão o imposto para a venda ao continente.

A redução do preço da carne nos últimos anos causou o aumento do volume dos abates de bois e de vacas, inclusive com o recorde histórico de 10 milhões de cabeças em um trimestre.

O alto abatimento resultou na diminuição da oferta, principalmente com o elevado número de uso de fêmeas. 

A ideia é que os bois nascidos em 2024 e 2025 só comecem a serem disponibilizados para o abata em 2027 ou 2028, e os problemas com abastecimento devem continuar até lá. 

A seca e as vendas para o mercado externo

Com a redução da produção pecuária em outros países, como a Austrália, o Brasil teve o aumento da demanda de vendas para o mercado externo, mais vantajoso financeiramente para os produtores.

A seca e o aumento das queimadas também foi um problema para a criação de gado, sobretudo pelas dificuldades com o solo.

No entanto, a melhoria do quadro hídrico tende a diminuir essa questão para os próximos meses, mas ainda com projeção de aumento no preço médio das carnes. 

Gabriel Gonçalves
Escrito por

Gabriel Gonçalves

Gabriel é formado em Comunicação Social pela Unicamp e mestrando em Cultura e Comunicação pela Universidade de Lisboa. Atuando como redator por mais de 8 anos, já escreveu sobre diferentes temas como educação, finanças, leis e saúde. Além disso, trabalha como produtor de conteúdo nas redes sociais e pratica esportes nas horas vagas.