Estudante com doença celíaca garante direito a bolo sem glúten

Estudante com doença celíaca garante direito a bolo sem glúten.

Estudante com doença celíaca garante direito a bolo sem glúten.
Foto: Edição BT

Em Araucária, no Paraná, uma estudante celíaca de 9 anos garantiu o direito de levar bolo sem glúten para a escola, após intensos debates envolvendo sua mãe, Tayrine Novak.

O caso ocorreu em abril de 2025 e expôs desafios enfrentados por famílias de crianças com doença celíaca em ambientes escolásticos, principalmente em relação à segurança alimentar e inclusão.

A polêmica iniciou quando Tayrine enviou um bolo de cenoura sem glúten para evitar contaminação cruzada no ambiente escolar.

Ação que gerou discussões entre pais de outros alunos e a administração da escola, culminando em questionamentos sobre igualdade de direitos e práticas alimentares seguras.

Inclusão Escolar em Debate

A escola frequentada pela estudante oferece cardápios específicos para celíacos.

No entanto, as refeições são preparadas na mesma cozinha dos demais alimentos, o que pode resultar em contaminação cruzada — risco destacado por exames médicos da filha de Tayrine.

A situação evidenciou a complexidade das adaptações necessárias para atender alunos com restrições alimentares.

Após mediação do Ministério Público, foi aprovada uma lei municipal permitindo que estudantes celíacos levem seus próprios alimentos às escolas públicas e privadas de Araucária.

A legislação ressalta a preferência por alimentos semelhantes ao cardápio escolar, visando uma experiência inclusiva e segura.

Avanços Legais e Novos Desafios

A aprovação da lei representa um avanço significativo para famílias celíacas, ao padronizar práticas inclusivas nas instituições de ensino.

Apesar disso, o caso de Tayrine acendeu uma discussão mais ampla sobre como escolas devem se adaptar a restrições alimentares, considerando o preparo suficiente das equipes para lidar com a realidade de estudantes celíacos.

A polêmica em torno do bolo sem glúten resultou na aprovação de uma legislação em Araucária. A nova lei garante que estudantes celíacos possam levar alimentos seguros para o ambiente escolar, marcando um progresso substancial em termos de inclusão.

Contudo, a aplicação uniforme das medidas ainda apresenta desafios contínuos, exigindo conscientização e preparação por parte de todas as escolas.

A expectativa é que mais regiões implementem políticas semelhantes, reforçando os direitos e a segurança de estudantes com necessidades alimentares especiais.

Gabriel Gonçalves
Escrito por

Gabriel Gonçalves

Gabriel é formado em Comunicação Social pela Unicamp e mestrando em Cultura e Comunicação pela Universidade de Lisboa. Atuando como redator por mais de 8 anos, já escreveu sobre diferentes temas como educação, finanças, leis e saúde. Além disso, trabalha como produtor de conteúdo nas redes sociais e pratica esportes nas horas vagas.