Inflação na feira? Pesquisa indica que tomate e arroz encareceram até 10% só em fevereiro
A inflação na feira se tornou uma preocupação crescente para muitas famílias brasileiras, com itens essenciais tendo uma alta significativa em seu valor nos últimos meses.
Uma pesquisa recente, divulgada pela Quaest, na última quarta-feira (25), trouxe um dado revelador. Mais de 90% dos brasileiros entrevistados afirmaram que sentiram a alta nos últimos meses.
Assim como em levantamentos anteriores, entre os produtos líderes estão o tomate e o arroz, e abaixo entendemos mais detalhadamente o que mudou!

Inflação na feira e reflexo da alta
De acordo com os dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o grupo de alimentos e bebidas registrou um aumento acumulado de 5,4% nos últimos cinco meses.
Esse aumento superou a inflação total do ano de 2024, que foi de 4,83%. A pesquisa realizada pela Quaest apontou que, em estados como Goiás e Paraná, 96% da população percebeu o aumento nos preços dos alimentos.
Em outras regiões, como Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro, a percepção também foi bastante alta, com mais de 90% dos entrevistados indicando que os preços subiram significativamente.
Impacto dos produtos da feira
A alimentação em casa, especialmente os produtos comprados nas feiras, tem sido um dos maiores responsáveis pela alta da inflação alimentar.
Em fevereiro de 2025, alguns itens registraram variações expressivas. O tomate, por exemplo, teve um aumento de 20,27%, enquanto o arroz subiu 10% no mesmo período.
Esses aumentos podem ser explicados pela escassez de produção e problemas climáticos que afetaram diversas regiões do país.
Produtos como a cenoura e o café moído também sofreram aumentos consideráveis.
A cenoura, por exemplo, teve um aumento de 36,14%, impactando diretamente o bolso dos consumidores que buscam opções mais acessíveis para suas refeições diárias.
Fatores climáticos e suas consequências
O aumento nos preços dos alimentos não é apenas resultado da demanda, mas também de condições climáticas adversas que afetaram a produção em várias partes do Brasil.
Segundo Fernando Gonçalves, gerente responsável pelo IPCA, o clima teve um papel fundamental no aumento dos preços de itens como o tomate e o arroz.
O impacto das chuvas intensas e de secas prolongadas contribuiu para a escassez de alguns produtos, o que elevou ainda mais seus preços.
Como a população percebe a economia?
Além da inflação alimentícia, a pesquisa também revelou que muitos brasileiros percebem uma piora na economia nos últimos 12 meses.
No Paraná, por exemplo, 61% dos entrevistados disseram que a situação econômica piorou.
Outros estados como Rio de Janeiro (60%) e Minas Gerais (59%) também apresentaram uma avaliação negativa em relação ao cenário econômico.
Apesar disso, uma parcela menor da população acredita que a situação melhorou, com menos de 20% dos entrevistados expressando uma visão otimista.
Isso reflete uma insatisfação geral com os altos preços, especialmente dos alimentos básicos, que têm se tornado um peso no orçamento familiar.
A inflação na feira, afetando produtos como o tomate e o arroz, é um reflexo da inflação que tem impactado as feiras e supermercados em todo o Brasil.
Os consumidores estão sentindo no bolso os efeitos dessa inflação, com itens essenciais se tornando cada vez mais caros.
Com a economia em queda e a inflação alimentícia em alta, é importante que o governo tome medidas para amenizar o impacto sobre a população, especialmente nas camadas mais vulneráveis.




Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atuando como Redator Web nos últimos quatro anos, entregou mais de 10 mil artigos em SEO. Hoje, escreve diariamente para o Brasileiro Trabalhador. Além de artigos otimizados, escreveu livros como Ghost Writer, trabalhos acadêmicos, cursos, roteiros para canais do YouTube, entre outros tipos de textos, colaborando com dezenas de clientes dentro e fora do Brasil.