Leilões de imóveis no Brasil: entenda o aumento e se vale a pena investir
O crescimento dos leilões de imóveis no Brasil reforçam uma questão importante: sabia que o seu imóvel financiado, na verdade, não é seu.
Mas o que isso tem a ver com o fato da Caixa Econômica apresentar um crescimento de mais de 200% na oferta de imóveis em leilão entre 2022 e 2024?
Basicamente, nosso artigo vai te mostrar o que está por trás dessa alta acompanhada de muitos descontos e ofertas em todo o país.
Por que teve um aumento de mais de 200% nos leilões de imóveis no Brasil
João, depois de alguns anos trabalhando, decidiu dar o passo da sua vida: realizar o sonho da casa própria.
Dentro de um emprego estável, ele toma a decisão de financiar um imóvel lindo. Após encontrar a casa que sempre quis e passar pelos processos de negociação, ele divide aquele sonho em 240 vezes.
Depois de pagar 200 parcelas, João perde o emprego, se vê com dificuldade de realocação no mercado e não consegue pagar as dívidas do financiamento.
O banco cobra ele de diferentes formas, e após insistir em não pagar a dívida do financiamento, a instituição, judicialmente, pega a casa dela de volta.
Esse é o roteiro que influencia o crescimento de 228% de imóveis vendidos em leilão, apenas pela Caixa Econômica Federal.
A verdade é que, basicamente, tem muitas famílias perdendo imóvel por inadimplência.
Aliás, já te apontamos aqui diferentes vezes quais são os riscos para as pessoas inadimplentes!
Quando posso perder meu imóvel por dívida?
A perda do imóvel ocorre quando o proprietário não cumpre com suas obrigações financeiras, além do pagamento de dívidas do financiamento, estão:
- Falta de pagamento de impostos, como o IPTU;
- Dívidas com a justiça ─ como pensões, por exemplo;
- Não pagamento de dívidas que se relacionam ao condomínio.
Além disso, financiamentos com garantia de alienação fiduciária, permitem a retomada da propriedade pelo credor de forma mais rápida, já que essa modalidade não exige uma ação judicial prolongada.
Quanto tempo leva para um imóvel ir a leilão?
O prazo médio entre a inadimplência e o leilão pode levar de 6 meses a 1 ano.
O tempo para um imóvel ser levado a leilão varia conforme a situação jurídica e contratual da propriedade.
No caso de imóveis financiados, as instituições financeiras podem iniciar o processo após um número específico de parcelas em atraso.
Então, não é como se essa fosse a primeira tentativa para receber o que é devido, a justiça, inclusive, pode tentar raspar suas contas bancárias, ou tomar outros bens.
Depois que há a primeira notificação formal do proprietário quanto à dívida, o banco pode levar o caso à justiça ou, em casos de alienação fiduciária, prosseguir diretamente para o leilão extrajudicial.
Quantas parcelas em atraso o imóvel vai para leilão?
No caso de contratos de alienação fiduciária, a legislação brasileira permite que o imóvel seja levado a leilão após três parcelas em atraso, mesmo que não consecutivas.
O credor deve notificar o proprietário, oferecendo um prazo de até 15 dias para regularizar o débito.
Caso isso não ocorra, o processo segue para a consolidação da propriedade em nome do credor e posterior leilão.
Já em financiamentos convencionais ou dívidas de IPTU, a quantidade de parcelas em atraso pode variar.
Mas como destacamos, a maioria das instituições financeiras costuma buscar um acordo antes de iniciar os trâmites de leilão.
Vale a pena investir em imóveis de leilão em 2025?
A resposta é sim! Em qualquer momento, imóveis de leilão se mostram como uma boa opção.
Nesse momento de maior oferta, como falamos, muitos imóveis estão com descontos, e alguns chegam à metade do valor.
Mas especialistas recomendam que a pessoa pesquise bem antes, entenda onde ela está entrando, e de preferência, contrate auxílio de um profissional.
Agora você entende o motivo que tem feito os leilões de imóveis no Brasil continuarem crescendo?
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Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atuando como Redator Web nos últimos quatro anos, entregou mais de 10 mil artigos em SEO. Hoje, escreve diariamente para o Brasileiro Trabalhador. Além de artigos otimizados, escreveu livros como Ghost Writer, trabalhos acadêmicos, cursos, roteiros para canais do YouTube, entre outros tipos de textos, colaborando com dezenas de clientes dentro e fora do Brasil.