Por que preço da conta de luz vai continuar alto?
O preço da conta de luz no Brasil tem sido uma preocupação constante para os consumidores, e isso vem desde os últimos meses de 2024.
Diversos fatores contribuem para esse cenário, que começou com uma ameaça de crise hídrica por conta do período de estiagem do final do ano passado.
O governo até tentou medidas para amortecer a alta, como exigir a redução da bandeira amarela para verde, em dezembro.
Mas mesmo com o período de chuva e a estabilização nos reservatórios das hidroelétricas, ainda é difícil repassar o preço dessa estabilidade para o consumidor residencial.
Crise hídrica e dependência de hidrelétricas
O Brasil tem grande parte de sua matriz energética baseada em usinas hidrelétricas, e felizmente, estamos em um cenário em que não há mais riscos de falta de água nos reservatórios.
Afinal, quando há períodos de seca prolongada, os reservatórios ficam abaixo do nível ideal, reduzindo a capacidade de geração de energia.
Este cenário obriga o acionamento de usinas termelétricas, que têm um custo de produção mais alto, impactando diretamente a conta de luz.
Mas como aponta o diretor de estudos de mercado da Envol, Gustavo Franceschini, esse repasse já está beneficiando um setor:
“As grandes consumidoras de energia, como as indústrias, parte do grupo de tensão A, já devem estar notando uma diferença no custo. Para a população, mesmo que um bom cenário hidrológico, não se deve sentir mudança”.
Encargos e tributos elevados
Se está chovendo e os reservatórios estão cheios, por que a conta de luz permanece alta? Basicamente, a conta de luz residencial no Brasil, não reflete apenas o clima.
A oferta do serviço para o consumidor, gera uma série de encargos setoriais e tributos que elevam ao valor final.
Entre eles, é possível destacar a taxa de transmissão e distribuição, além dos impostos como ICMS, PIS e Cofins.
Como esses custos são repassados ao consumidor, o valor da tarifa acaba ficando mais alto.
Aumento do custo da energia
Nos últimos anos, os custos para geração e distribuição de energia também têm aumentado.
A modernização da infraestrutura e os investimentos em novas fontes energéticas demandam altos investimentos.
Além disso, a inflação e a desvalorização do real frente ao dólar também impactam a compra de insumos, elevando os preços.
De todo modo, os próximos meses prometem uma estabilidade para a tarifa. Assim, ela não deve oscilar nem para cima ou para baixo.
Alternativas para economizar
Diante desse cenário, sem dúvida, buscar alternativas para reduzir o consumo de energia é essencial.
Além disso, o uso consciente da eletricidade, a troca de lâmpadas convencionais por LED e a instalação de sistemas de energia solar podem ajudar a minimizar os impactos do alto custo da conta de luz.
E claro, vale acompanhar as mudanças regulatórias e os programas de incentivo ao uso de fontes renováveis.
Até aqui, vimos que o preço da conta de luz tende a continuar alto devido a fatores estruturais e conjunturais.
Por isso, a melhor solução, no momento, é investir em eficiência energética e buscar formas de economizar para reduzir os impactos no orçamento mensal.
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atuando como Redator Web nos últimos quatro anos, entregou mais de 10 mil artigos em SEO. Hoje, escreve diariamente para o Brasileiro Trabalhador. Além de artigos otimizados, escreveu livros como Ghost Writer, trabalhos acadêmicos, cursos, roteiros para canais do YouTube, entre outros tipos de textos, colaborando com dezenas de clientes dentro e fora do Brasil.