Como o uso do CPF na nota fiscal pode cancelar seu Bolsa Família?

Como o uso do CPF na nota fiscal pode cancelar seu Bolsa Família?

Como o uso do CPF na nota fiscal pode cancelar seu Bolsa Família?
Foto: Divulgação

Os programas de notas fiscais são muito populares no Brasil, principalmente pelos descontos até em impostos.

No entanto, será que inserir o CPF dá algum problema com o benefício do Bolsa Família?

Descubra agora!

O que são os programas de notas fiscais?

Os programas de notas fiscais são oferecidos em esfera estadual, funcionando como uma maneira de dar prêmios enquanto combate a sonegação fiscal.

E funciona da seguinte maneira: o cidadão faz o cadastro no programa de nota fiscal com o seu CPF.

Em cada compra que fizer em estabelecimentos do estado, insere o CPF e acumula pontos, que podem ser trocados por descontos em impostos como o IPTU.

Além disso, oferecem sorteios de prêmios especiais, sobretudo no período de final do ano.

Usar o CPF na nota pode bloquear o Bolsa Família?

Os beneficiários do Bolsa Famíia podem ficar preocupados em enviar os dados nesse tipo de programa.

De maneira direta, não há nenhum problema em informar o CPF na hora de fazer uma compra no estado.

Nesse sentido, os cidadãos têm todo o direito de gastarem os recursos do Bolsa Família, que são justamente fornecidos para auxliiar nas compras.

Quando o CPF na nota pode bloquear o Bolsa Família?

Por mais que não haja uma relação direta das notas fiscais com o Bolsa Família, o uso do CPF pode realmente dar problemas com o benefício.

Regularmente, o governo faz o cruzamento de dados do CadÚnico, responsável pelo Bolsa Família, com outras fontes de informação disponíveis.

Caso o beneficiário do Bolsa Família tenha um registro muito alto em compras com o seu CPF, pode haver o bloqueio do benefício.

Isso acontece quando os valores gastos mensalmente não são condizentes com a renda informada ao CadÚnico.

Nesse sentido, o governo pode entender que há uma grande diferença nas informações com os gastos, entendendo que pode se tratar de um uso indevido do benefício.

A questão fica mais complicada quando há compras de alto valor, sobretudo muito acima da renda informada ao cadastro.

O que fazer se a renda aumentar?

O Bolsa Família tem uma regra principal: renda per capita de até R$ 218. Ou seja, cada pessoa pode ter uma renda média de R$218.

E esses valores são obtidos com a soma da renda total da família e a divisão por todos os membros da família, o que não pode exceder os R$ 218.

No entanto, se a renda aumentar, pode perder o benefício? A resposta é que depende.

Uma nova legislação do Bolsa Família permite que você mantenha o benefício quando arruma um novo emprego.

Se o rendimento médio chegar até meio-salário mínimo, o governo pode manter o benefício por até dois anos, ainda com a redução de 50% do valor total do benefício. 

É preciso parar de fazer compras com o CPF?

Não, e pelo contrário, já que o governo estimula o uso do CPF, oferecendo descontos em impostos.

Caso o beneficiário tenha gastos condizentes com os rendimentos que informa no CadÚnico, não haverá problema algum.]

No entanto, muitas pessoas podem pedir para amigos e familiares dizerem o seu CPF para acumular mais pontos para si.

Essa medida é perigosa e pode dar problemas. Portanto, evite esse tipo de prática e registre apenas as compras de si e da família com o documento. 

Gabriel Gonçalves
Escrito por

Gabriel Gonçalves

Gabriel é formado em Comunicação Social pela Unicamp e mestrando em Cultura e Comunicação pela Universidade de Lisboa. Atuando como redator por mais de 8 anos, já escreveu sobre diferentes temas como educação, finanças, leis e saúde. Além disso, trabalha como produtor de conteúdo nas redes sociais e pratica esportes nas horas vagas.